Monday, January 23, 2012

Diga não à violência

    Nos últimos tempos o problema da violência no nosso país vem se agravando e nossas autoridades pouco fazem, para solucioná-lo. Aonde será que ela começa? Será que a violência chegou à um ponto onde nada podemos fazer?
Sem dúvida as respostas para a primeira pergunta, seriam diversas. Começaremos sobre a grande influência negativa da TV onde programas de auditório transformam miséria humana e pancadaria em audiência, onde filmes com cenas violentas são exibidos em horários inadequados, não esquecendo que infelizmente hoje em dia a TV é uma das principais educadoras de nossas crianças e adolescentes. Acho que as redes de TV deveriam entrar em um consenso e aproveitar melhor os seus horários com programações com menos violência e baixaria, e com mais programas educativos e culturais, que mostrem natureza, artes e culturas. Sem dúvida isso já seria um grande passo da TV brasileira que está comemorando 35 anos.

Agora seguiremos para outros fatores influentes, as injustiças sociais, num país onde políticos ganham salários de R$10.000,00 para cima, e grande parte da população ganham um salário mínimo, ou então vamos comentar os gastos que o governo fez na comemoração dos 500 anos, sendo que parte de nossa população no nordeste não muito longe do local da “comemoração” sofre com a seca todo ano. Se houvesse uma distribuição de renda mais organizada e menos gastos exorbitantes com coisas supérfluas que não mudam a vida de ninguém, com certeza haveria uma diminuição dos problemas sociais e assim sendo da violência também.
É por causa dessas diferenças sociais que muitos entram no crime, para sobreviver, é claro que não devemos generalizar, pois infelizmente algumas pessoas apesar de terem oportunidades entram para o crime mesmo assim. Nas favelas, muitas pessoas e até mesmo crianças acabam entrando para o tráfico por acharem que o dinheiro é fácil, ou acabam entrando na criminalidade por falta de escolha, pois muitos não tem um ensino escolar adequado, nem incentivos para estudarem, pois hoje em dia a criminalidade e o tráfico estão na porta de nossas escolas e em alguns casos até dentro delas. Se houvesse uma melhora no ensino público nesses lugares considerados violentos, aulas de informática nas escolas, professores mais qualificados e melhores remunerados, cursos de artes diversas como plásticas(pintura, escultura...), corporais(danças, musicas...) e representativas(teatro), certamente tiraria muitas pessoas desse submundo da violência e das drogas, dando-as mais chances de crescerem economicamente e psicologicamente pois as artes trabalham muito com o emocional e criação das pessoas.

A Febem é um problema que infelizmente nos acostumamos a ver no nosso monitor de TV, quase que todo mês, aquelas cenas de violência de menores que com certeza nos deixa espantados, por quê será que uma solução, como deveria ser a Febem vira problema, pois é, isso ninguém sabe, talvez porque falte coragem de alguns representantes políticos em resolver um caso tão delicado. Alguns de seus problemas seriam facilmente resolvidos se houvessem inspetores mais qualificados, com um preparo psicológico adequado para o ambiente e com mais tempo de descanso para evitar o stress, além disso deveria haver uma descentralização da Febem para municípios do interior, ou lugares mais afastados com um número reduzidos de menores por instituição e que a sua função não seja de apenas de abrigar menores infratores e sim de reestruturar esses menores à sociedade, dando-lhes ensino escolar de boa qualidade com aulas de informática e cursos profissionalizantes; acompanhamento psicológico pois muitos estão lá por cometerem assassinatos, estupros....etc.; uma educação contra drogas e violência; e um grande incentivo às artes, pois como eu disse antes as artes trabalham com a emoção e criação; além de ter um acompanhamento familiar maior, pois o carinho é algo de que todos nós precisamos. Sem dúvida se isso acontecesse muitos estariam fora das drogas e da violência, problemas que perturbam o nosso país e o mundo.

O que nos devemos nos lembrar é que sempre há esperança para todos nós de um dia ainda ver um país melhor, com menos violência e problemas sociais, pois é ela, a esperança que nos move à cada dia.

Leandro Espinola Araújo.
Estudante, Curitiba PR. 
Fonte: http://leandroemoema.sites.uol.com.br/

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